Brasil segue como país
com maior número de vítimas fatais, apesar da diminuição de casos a partir de
maio
A categoria dos jornalistas seguiu sendo vítima
fatal da Covid-19 no período de abril a julho deste ano. É o que mostra a
terceira atualização do levantamento sobre as mortes por Covid-19 entre os
profissionais, feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por
meio de seu Departamento de Saúde e Segurança. Na média, foram registradas 28,4
mortes por mês, número muito próximo à marca do primeiro trimestre (28,6
mortes/mês), o que representa quase uma morte de jornalistas a cada dia. Em
2020 (de abril a dezembro), a média mensal foi de 8,5 mortes.
Desde o início da pandemia, o Brasil somou 278
jornalistas mortos, sendo 199 nos sete primeiros meses deste ano. Este número
mantém o Brasil como o país com o maior número de jornalistas vítimas da
Covid-19 no mundo. Acompanhamento realizado pela ONG Press Emblem Campaign
(PEC) aponta que, no mesmo período, a Índia registrou 267 vítimas fatais,
apesar de a metodologia da PEC e da FENAJ serem diferentes. Nacionalmente, São
Paulo lidera o macabro ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29),
Pará (23) e Paraná, com 21 casos.
O dado positivo é que o número de vítimas fatais da
doença entre os jornalistas começou a cair a partir de maio e registrou queda
significativa em julho, quando foram computados 17 casos (média de uma vítima a
cada dois dias). “É necessário, entretanto, aguardar os próximos meses para
verificarmos se essa tendência de queda se consolida”, afirma o diretor da
FENAJ, Norian Segatto, responsável pelo Dossiê.
Para Segatto, a curva decrescente das mortes segue
tendência nacional, efeito direto da vacinação da população. No caso dos
jornalistas, houve campanhas da FENAJ e dos Sindicatos filiados pela inclusão
da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação. Alguns estados e
município reconheceram que a categoria estava na linha de frente do combate à
pandemia e atenderam à reivindicação.
A presidenta da FENAJ, Maria José Braga, ressalta a
importância da imunização da categoria e da manutenção de medidas sanitárias,
como o distanciamento social, para a proteção da saúde dos jornalistas e a
consequente consolidação da tendência de queda no número de casos de
contaminação e de mortes. Segundo ela, é com profundo pesar que a FENAJ cumpre
a tarefa de divulgar o número de vítimas fatais. “Fazemos a divulgação como
alerta e como homenagem aos jornalistas que perderam a vida porque estavam
trabalhando, cumprindo seu importante papel social”, disse.
Metodologia
Não existe uma fonte centralizada para coleta de
informações que compõem o Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19. Os dados
são obtidos por meio de busca direta em jornais, sites e blogs de todo o país e
também pelas informações fornecidas pelos Sindicatos dos Jornalistas nos
estados ou diretamente por colegas de trabalho das vítimas. Como não há um
registro oficial das mortes por categoria profissional, assim, é possível que
os números possam estar subestimados e não retratem integralmente o tamanho da
tragédia brasileira na categoria.
Brasil segue como país com maior número de vítimas fatais, apesar da diminuição de casos a partir de maio
A categoria dos jornalistas seguiu sendo vítima fatal da Covid-19 no período de abril a julho deste ano. É o que mostra a terceira atualização do levantamento sobre as mortes por Covid-19 entre os profissionais, feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por meio de seu Departamento de Saúde e Segurança. Na média, foram registradas 28,4 mortes por mês, número muito próximo à marca do primeiro trimestre (28,6 mortes/mês), o que representa quase uma morte de jornalistas a cada dia. Em 2020 (de abril a dezembro), a média mensal foi de 8,5 mortes.
Desde o início da pandemia, o Brasil somou 278 jornalistas mortos, sendo 199 nos sete primeiros meses deste ano. Este número mantém o Brasil como o país com o maior número de jornalistas vítimas da Covid-19 no mundo. Acompanhamento realizado pela ONG Press Emblem Campaign (PEC) aponta que, no mesmo período, a Índia registrou 267 vítimas fatais, apesar de a metodologia da PEC e da FENAJ serem diferentes. Nacionalmente, São Paulo lidera o macabro ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29), Pará (23) e Paraná, com 21 casos.
O dado positivo é que o número de vítimas fatais da doença entre os jornalistas começou a cair a partir de maio e registrou queda significativa em julho, quando foram computados 17 casos (média de uma vítima a cada dois dias). “É necessário, entretanto, aguardar os próximos meses para verificarmos se essa tendência de queda se consolida”, afirma o diretor da FENAJ, Norian Segatto, responsável pelo Dossiê.
Para Segatto, a curva decrescente das mortes segue tendência nacional, efeito direto da vacinação da população. No caso dos jornalistas, houve campanhas da FENAJ e dos Sindicatos filiados pela inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação. Alguns estados e município reconheceram que a categoria estava na linha de frente do combate à pandemia e atenderam à reivindicação.
A presidenta da FENAJ, Maria José Braga, ressalta a importância da imunização da categoria e da manutenção de medidas sanitárias, como o distanciamento social, para a proteção da saúde dos jornalistas e a consequente consolidação da tendência de queda no número de casos de contaminação e de mortes. Segundo ela, é com profundo pesar que a FENAJ cumpre a tarefa de divulgar o número de vítimas fatais. “Fazemos a divulgação como alerta e como homenagem aos jornalistas que perderam a vida porque estavam trabalhando, cumprindo seu importante papel social”, disse.
Metodologia
Não existe uma fonte centralizada para coleta de informações que compõem o Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19. Os dados são obtidos por meio de busca direta em jornais, sites e blogs de todo o país e também pelas informações fornecidas pelos Sindicatos dos Jornalistas nos estados ou diretamente por colegas de trabalho das vítimas. Como não há um registro oficial das mortes por categoria profissional, assim, é possível que os números possam estar subestimados e não retratem integralmente o tamanho da tragédia brasileira na categoria.
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