Professora apresenta
sua primeira obra literária infantil em atividade que propõe uma reflexão sobre
os direitos e a luta pela plena inclusão das pessoas surdas na sociedade.
O dia 26 de setembro foi oficializado em 2008 como o
“Dia do Surdo” no Brasil, já que nesse mesmo dia, diversos anos antes, foi
fundada a primeira escola de surdos no país, o Instituto Nacional de Educação
de Surdos (INES).
Décadas antes do decreto de lei oficializar essa data
comemorativa, Arlene Muniz tornou-se uma das primeiras pessoas a trabalhar na
rede pública de ensino do DF com a LSB – Língua de Sinais Brasileira. Ao se
aposentar, a pedagoga decidiu continuar seu trabalho relacionado ao respeito às
diferenças por meio da literatura inclusiva e acessível, voltada para o público
infantil.
A literatura inclusiva tem grande peso na formação da
identidade e é um meio bastante eficaz na sensibilização da sociedade sobre as
mais diversas deficiências. Existem mais de 20 mil alunos com algum tipo de
deficiência matriculados em escolas do DF e, portanto, é de extrema relevância
produzir conteúdo para a representatividade dessas pessoas. Não abundam
materiais escritos em língua portuguesa relacionados à inclusão de pessoas com
deficiências, em comparação com a literatura infantil convencional. Tanto as
histórias criadas por pessoas com deficiência, quanto as adaptações literárias,
são exemplos que procuram registrar e retratar as particularidades encontradas
pelo sujeito com alguma necessidade especial num mundo em adaptação, assim como
mostrar a importância de encontrar no outro alguma semelhança.
Já no livro de estreia de Arlene Muniz, “O Meguinho
Sapeca”, a narrativa procura se comunicar com a criança que se vê com alguma
deficiência, a fim de que ela se identifique com situações do cotidiano ali
retratadas, e, especificamente a criança surda, seja incentivada à iniciação na
sua primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), assim como em
português escrito, sua segunda língua. Dessa forma, a inserção da Libras na
literatura infantil faz com que as crianças ouvintes tenham uma introdução à
comunicação com a pessoa surda e crianças surdas ampliem seu repertório.
Todo o mês de setembro é repleto de diversos eventos
comemorativos inclusivos, que são de fundamental importância para o acolhimento
e a participação social dos surdos, tanto entre si, quanto com o restante da
população. É também um período marcado pela luta e conscientização sobre a
acessibilidade. “A luta é, sobretudo, da pessoa surda. O espaço de fala deve
ser, prioritariamente, da pessoa surda, mas o dever da inclusão é de cada um de
nós”, ressalta a autora.
SERVIÇO
Noite de Autógrafos
com a autora do livro “O Meguinho Sapeca”
Professora apresenta sua primeira obra literária infantil em atividade que propõe uma reflexão sobre os direitos e a luta pela plena inclusão das pessoas surdas na sociedade.
O dia 26 de setembro foi oficializado em 2008 como o “Dia do Surdo” no Brasil, já que nesse mesmo dia, diversos anos antes, foi fundada a primeira escola de surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Décadas antes do decreto de lei oficializar essa data comemorativa, Arlene Muniz tornou-se uma das primeiras pessoas a trabalhar na rede pública de ensino do DF com a LSB – Língua de Sinais Brasileira. Ao se aposentar, a pedagoga decidiu continuar seu trabalho relacionado ao respeito às diferenças por meio da literatura inclusiva e acessível, voltada para o público infantil.
A literatura inclusiva tem grande peso na formação da identidade e é um meio bastante eficaz na sensibilização da sociedade sobre as mais diversas deficiências. Existem mais de 20 mil alunos com algum tipo de deficiência matriculados em escolas do DF e, portanto, é de extrema relevância produzir conteúdo para a representatividade dessas pessoas. Não abundam materiais escritos em língua portuguesa relacionados à inclusão de pessoas com deficiências, em comparação com a literatura infantil convencional. Tanto as histórias criadas por pessoas com deficiência, quanto as adaptações literárias, são exemplos que procuram registrar e retratar as particularidades encontradas pelo sujeito com alguma necessidade especial num mundo em adaptação, assim como mostrar a importância de encontrar no outro alguma semelhança.
Já no livro de estreia de Arlene Muniz, “O Meguinho Sapeca”, a narrativa procura se comunicar com a criança que se vê com alguma deficiência, a fim de que ela se identifique com situações do cotidiano ali retratadas, e, especificamente a criança surda, seja incentivada à iniciação na sua primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), assim como em português escrito, sua segunda língua. Dessa forma, a inserção da Libras na literatura infantil faz com que as crianças ouvintes tenham uma introdução à comunicação com a pessoa surda e crianças surdas ampliem seu repertório.
Todo o mês de setembro é repleto de diversos eventos comemorativos inclusivos, que são de fundamental importância para o acolhimento e a participação social dos surdos, tanto entre si, quanto com o restante da população. É também um período marcado pela luta e conscientização sobre a acessibilidade. “A luta é, sobretudo, da pessoa surda. O espaço de fala deve ser, prioritariamente, da pessoa surda, mas o dever da inclusão é de cada um de nós”, ressalta a autora.
SERVIÇO
Noite de Autógrafos com a autora do livro “O Meguinho Sapeca”
Local: Livraria Sebinho – 406 Norte
Data: Segunda-feira, 26 de setembro de 2022.
Horário: 18h
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