IPAM e Woodwell Climate Research Center instalam sensores para
medir impacto da poluição e da fumaça de queimadas; serão 50 distribuídos na
Amazônia e em regiões que se conectam ao bioma pelo ar
Em setembro, Aldeia Afukuri ficou coberta pelas queimadas na Amazônia (foto Sebastião Soares Júnior)
A
aldeia Afukuri, no Território Indígena do Xingu, sudoeste da Amazônia,
registrou uma qualidade do ar 53 vezes pior do que o indicado como aceitável
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) na segunda quinzena de setembro deste
ano. O povo Kuikuro ficou exposto 17 horas por dia à concentração de 795
microgramas de material particulado de fumaça de queimadas e poluentes, por
cada metro cúbico de ar. A recomendação internacional estabelece esse limite
até 15 μg/m³ para não prejudicar a saúde.
“Identificar que a qualidade do ar não está
aceitável em uma capital é uma coisa, agora, outra coisa é constatar essa
realidade no meio de uma aldeia indígena, onde as pessoas deveriam estar
respirando um ar de qualidade excelente”, comenta Filipe Arruda, pesquisador no
IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) que está trabalhando com a
instalação de sensores de qualidade do ar.
Em
parceria com o Woodwell Climate Research Center, o IPAM irá instalar, até o
final do ano, 50 sensores de qualidade do ar na Amazônia e nas regiões que se
conectam ao bioma pelo ar: os corredores e as correntes aéreas que ligam a
floresta, por exemplo, ao Pantanal. O objetivo é medir a poluição do ar e
estimar o impacto da fumaça de queimadas e de poluentes na saúde da população
brasileira, com atenção às pessoas que trabalham diretamente com o fogo, como
as e os brigadistas indígenas.
Um dos primeiros sensores da pesquisa foi fixado na
aldeia Afukuri, com apoio do PrevFogo. A COIAB (Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira) é parceira na lógica de instalação de
sensores em outras terras indígenas, e a Univaja (União dos Povos Indígenas do
Vale do Javari) também irá instalar sensores no território. Entre as próximas
localidades a receberem os sensores estão a capital mato-grossense Cuiabá e a
Chapada dos Guimarães, e a Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul.
IPAM e Woodwell Climate Research Center instalam sensores para medir impacto da poluição e da fumaça de queimadas; serão 50 distribuídos na Amazônia e em regiões que se conectam ao bioma pelo ar
A aldeia Afukuri, no Território Indígena do Xingu, sudoeste da Amazônia, registrou uma qualidade do ar 53 vezes pior do que o indicado como aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde) na segunda quinzena de setembro deste ano. O povo Kuikuro ficou exposto 17 horas por dia à concentração de 795 microgramas de material particulado de fumaça de queimadas e poluentes, por cada metro cúbico de ar. A recomendação internacional estabelece esse limite até 15 μg/m³ para não prejudicar a saúde.
“Identificar que a qualidade do ar não está aceitável em uma capital é uma coisa, agora, outra coisa é constatar essa realidade no meio de uma aldeia indígena, onde as pessoas deveriam estar respirando um ar de qualidade excelente”, comenta Filipe Arruda, pesquisador no IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) que está trabalhando com a instalação de sensores de qualidade do ar.
Em parceria com o Woodwell Climate Research Center, o IPAM irá instalar, até o final do ano, 50 sensores de qualidade do ar na Amazônia e nas regiões que se conectam ao bioma pelo ar: os corredores e as correntes aéreas que ligam a floresta, por exemplo, ao Pantanal. O objetivo é medir a poluição do ar e estimar o impacto da fumaça de queimadas e de poluentes na saúde da população brasileira, com atenção às pessoas que trabalham diretamente com o fogo, como as e os brigadistas indígenas.
Um dos primeiros sensores da pesquisa foi fixado na aldeia Afukuri, com apoio do PrevFogo. A COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) é parceira na lógica de instalação de sensores em outras terras indígenas, e a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) também irá instalar sensores no território. Entre as próximas localidades a receberem os sensores estão a capital mato-grossense Cuiabá e a Chapada dos Guimarães, e a Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul.
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