Entre as situações mais complicadas do certame estão falhas na elaboração das questões e nos gabaritos da última prova prática. Documento entregue pelo Senador aponta que os itens com erros somam quase 30% da pontuação total.
Defensor dos médicos brasileiros
formados no exterior e autor da Lei que tornou obrigatória a realização do
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) duas vezes por
ano, o Senador Alan Rick (União-AC) esteve no Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta quarta-feira, 01, para
entregar um relatório e pedir soluções para os problemas de elaboração e
correção das provas da segunda etapa do exame, realizada nos dias 3 e 4 de
dezembro de 2022.
O documento, elaborado por professores
e juristas que atuam na área, foi entregue ao novo Presidente do Instituto,
Prof. Dr. Manuel Palácios. O INEP é responsável pela elaboração das provas.
“Esse relatório mostra que os itens com problemas somam 27,25 dos 100 pontos
totais da avaliação prática. Porém, o que mais nos preocupa é que, como vimos
em edições anteriores do certame, boa parte das questões com erros não são
anuladas e os recursos dos candidatos são indeferidos”, alertou o parlamentar
Procurado por centenas de candidatos
que realizaram a prova, o Senador convidou dois deles: a médica Ane Leitão, que
se formou na Bolívia, e o médico Bryan Nasato, graduado no Paraguai, para
representarem a categoria na reunião, onde apresentaram seus relatos. “Temos
vários exemplos, desde itens que não são pedidos na ordem de tarefa, mas são
cobrados no gabarito, até questões que não seguem a bibliografia do Ministério
da Saúde nem a padronização original da medicina brasileira e tão pouco as
bibliografias científicas”, relatou Nasato à equipe do Inep.
O Presidente do Instituto pediu que a
equipe responsável pelo Revalida analise com muito critério cada um dos pontos
apresentados pelo Senador: “Há uma demanda muito específica com relação a
algumas questões. Nós vamos voltar a nos encontrar para discutir algumas
observações que a nossa equipe e os médicos que participam do exame têm a apresentar
e vamos chegar a uma solução. E, de resto, há expectativa de que as próximas
edições do Revalida venham a se tornar mais ajustadas às necessidades de todos
os participantes”, se comprometeu Palácios.
O Senador pediu ainda que a nota de
corte do exame seja divulgada junto com o edital; que o preço da inscrição para
a segunda etapa seja reduzido e que seja revista a utilização de atores durante
a prova prática. O presidente do Inep disse que essa última questão está sendo
analisada. “O processo, atualmente, envolve uma situação pouco realista do
ponto de vista da prática profissional e a nossa intenção é que a gente venha a
fazer essa segunda etapa com pacientes reais”, adiantou.
Também participaram da reunião os
Deputados Federais, Roberto Duarte e Socorro Neri.
Entre as situações mais complicadas do certame estão falhas na elaboração das questões e nos gabaritos da última prova prática. Documento entregue pelo Senador aponta que os itens com erros somam quase 30% da pontuação total.
Defensor dos médicos brasileiros formados no exterior e autor da Lei que tornou obrigatória a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) duas vezes por ano, o Senador Alan Rick (União-AC) esteve no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta quarta-feira, 01, para entregar um relatório e pedir soluções para os problemas de elaboração e correção das provas da segunda etapa do exame, realizada nos dias 3 e 4 de dezembro de 2022.
O documento, elaborado por professores e juristas que atuam na área, foi entregue ao novo Presidente do Instituto, Prof. Dr. Manuel Palácios. O INEP é responsável pela elaboração das provas. “Esse relatório mostra que os itens com problemas somam 27,25 dos 100 pontos totais da avaliação prática. Porém, o que mais nos preocupa é que, como vimos em edições anteriores do certame, boa parte das questões com erros não são anuladas e os recursos dos candidatos são indeferidos”, alertou o parlamentar
Procurado por centenas de candidatos que realizaram a prova, o Senador convidou dois deles: a médica Ane Leitão, que se formou na Bolívia, e o médico Bryan Nasato, graduado no Paraguai, para representarem a categoria na reunião, onde apresentaram seus relatos. “Temos vários exemplos, desde itens que não são pedidos na ordem de tarefa, mas são cobrados no gabarito, até questões que não seguem a bibliografia do Ministério da Saúde nem a padronização original da medicina brasileira e tão pouco as bibliografias científicas”, relatou Nasato à equipe do Inep.
O Presidente do Instituto pediu que a equipe responsável pelo Revalida analise com muito critério cada um dos pontos apresentados pelo Senador: “Há uma demanda muito específica com relação a algumas questões. Nós vamos voltar a nos encontrar para discutir algumas observações que a nossa equipe e os médicos que participam do exame têm a apresentar e vamos chegar a uma solução. E, de resto, há expectativa de que as próximas edições do Revalida venham a se tornar mais ajustadas às necessidades de todos os participantes”, se comprometeu Palácios.
O Senador pediu ainda que a nota de corte do exame seja divulgada junto com o edital; que o preço da inscrição para a segunda etapa seja reduzido e que seja revista a utilização de atores durante a prova prática. O presidente do Inep disse que essa última questão está sendo analisada. “O processo, atualmente, envolve uma situação pouco realista do ponto de vista da prática profissional e a nossa intenção é que a gente venha a fazer essa segunda etapa com pacientes reais”, adiantou.
Também participaram da reunião os Deputados Federais, Roberto Duarte e Socorro Neri.
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